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8.12.09

 

Sobre Borjalo, Bruno e eu.

Lembro do meu primeiro sutiã tanto quanto meu primeiro Salão de Humor. Há mais de década, fui ao Salão de Humor de Piracicaba onde conheci grandes papas do humor gráfico. Entre eles o Borjalo. Simpático, carismático, envolto por aquela aura que só os grandes mestres têm. Saca aquela luz divina que corta o céu, o espaço, toda a matéria e dá direto no crânio do sujeito logo quando ele acorda? O Borjalo era assim. E como todos os gênios (conhecidos também por humoristas) era sedutor. Ele, do auge dos seus setenta e tantos anos. Eu do auge dos meus dez e tanto (dezessete para ser mais precisa). Primeira coisa que ele me diz: "Vou te chamar de PrysciLolita". Um apelido que obviamente perdeu a validade assim que atingi a maioridade penal. Dizia o brincalhão que se fosse um "menino de vinte, solteiro", gostaria de casar com uma cartunista.
Borjalo foi ao encontro daquela luz divina em 2004.
O mundo deu voltas. Em 2005, um cara bacana chamado Bruno Saldanha entrou em contato comigo. Ninguém menos do que o neto do Borjalo. Fiquei encantada e o declarei meu afilhado. Até pensei em chamá-lo de "Bruno Lolito", mas ele detestaria. Hoje meu afilhadão tem 20 anos, é lindo, está cursando jornalismo e já criou o personagem "Mosquito Culi", inspirado numa noite que passou com uma horda de mosquitos famintos. Ele herdou de seu avô o humor, o carisma, a luz e a genialidade como cartunista e escritor. Também herdou o bom gosto para mulheres. Pediu minha mão e outros órgãos em casamento exatamente na idade que o avô dele dizia que gostaria de fazer o mesmo. Claro que tanto quanto o comentário de Borjalo, o pedido do Bruno foi uma galanteadora brincadeira. Fato é que o tal pedido de casamento foi o mais engraçado que eu já recebi, atitude que deve ser natural para quem diz: "Não entendo a matemática. Uma conta gigante ocupa 3 quadros negros para no fim o resultado ser 1". Abaixo compartilhamos a brincadeira, que confirma o que está escrito na testa do Bruno: Sou humorista.

Pedido formal de casamento à Pryscila:
Bruno adentra na sala em que Pryscila está e indaga: "Vamos à praia?". Em plena pedra do Leme, na praia, na beira do mar. Bruno e Pryscila contemplam o pôr do sol juntos, sentados lado a lado. Em dado momento, Bruno chama a atenção de Pryscila, que o olha. Ele olha bem nos olhos dela. Com um ar romântico ele pergunta: "Quer casar comigo e fugir?". Ela então pergunta: "Para onde?". Ele não tem certeza para onde, mas sabe que se esta foi a única preocupação dela a resposta seria sim, o que foi confirmado logo depois. "Sim, eu me caso com você, mas desde que o Mosquito Culi não morda a bunda da Amely". Tudo bem. Isso seria uma cláusula contratual do matrimônio. Bruno estava feliz. Agora só precisava escolher se seria enterrado ou cremado. Ou melhor, nada disso. Afinal, queria ser enterrado lado a lado com ela. E só.
P.S. Eu te amo ♥.


Como não sofro do Complexo de Woody Allen, por ora não casarei com o Bruno (não quero destruir a vida de ninguém). Mas digo isso agora. Afinal, quem sou eu para conseguir prever as voltas que o mundo dá, não é?

Postado por Pryscila Vieira, diretamente da clausura.
pryvieira@yahoo.com.br

Comments:
Um homem rezou ao Mestre para que lhe dissesse o que deveria fazer a cada passo de sua vida. O Mestre lhe perguntou então "Por que queres que te tolha tua liberdade?" no que o homem respondeu "Quero saber o futuro para não cometer erros" e ouviu "Este foi o primeiro. Viva tua vida à tua maneira, dê o melhor de si em tudo o que fizeres e no momento certo saberás o que fazer. O futuro não te pertence, nem mesmo a Mim. Só o Pai sabe e Ele diz para que não te precavenhas de tua própria felicidade. Vá e viva".
 
O final revelou que ele tem chance hein! vou começar a tentar tambem Pryscila rsr

a tira anterior tinha a ver com isso ou foi coincidencia?
 
Poizé, Nana... Saber o que vai acontecer deve ser entediante. Não teríamos jornais aos domingos. Muitos psicólogos e advogados perderiam trabalho. Todo mundo ganharia na Mega-sena e o prêmio seria de 1 real para cada.
Pusta tédio.
Mas, eu só queria saber o dia da minha morte. Só isso... Porque eu gostaria de combinar a calcinha com o sutiã neste dia e estar com as unhas bem feitas.

Bjbj
 
Ah, nem tenta Samuel. Acredite: Sou chata, mal humorada, esquisita e costumo destruir tudo o que eu gosto sem perceber. Melhor ficar na jaula sozinha, para apreciação dos visitantes (Adoro pipoca!).

Mas, a tirinha do "Penso, logo não caso", foi feita um dia antes do pedido de casamento do Bruninho-querido-afilhadão-taradão. Ironia do destino.
 
Eu te conheci nesse Salão de Humor de Piracicaba. Você editava uma revista de humor naquela época e era loira... Também peguei um desenho do Borjalo, guardo arté hoje.
 
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