Neste domingo a Amely foi capa do caderno FEMININO do Estado de São Paulo numa matéria sobre as neuras das mulheres como tema recorrente no humor gráfico. Além da cartunista que vos fala, também foram entrevistados sobre o mesmo assunto Miguel Paiva, Bruno Drummond e Maitena. Clique sobre a imagem acima para ler parte da matéria assinada pela super Ciça Vallerio. 
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"Senhor! dá uma mulher ao homem, porque embora seja a mulher um animal inepto e estúpido, ela saberá temperar com sua loucura e com seu humor a nossa áspera e triste vida. É pela loucura, e unicamente por ela, que a mulher é mais feliz que o homem".
Este é um trecho do livro "Elogio da loucura" de Erasmo de Rotterdam (1466 - 1536) que comprova que somos consideradas loucas há séculos. Mas acho que é desde as queimadas de sutiãs em praça pública que as mulheres ficaram mais perdidas do que sabão em pó no meio da salada de berinjela. Estão completamente deslocadas em relação ao papel atual a ser exercido face tudo que já lhe era imputado. A mulher abraçou os direitos mas não dividiu as obrigações. Resultado: dupla ou tripla jornada de trabalho.
O homem também está perdido, pois sua função provedora perdeu um pouco o sentido diante das mulheres cada vez mais auto-suficientes. Tanto é que já existem vertentes de pensamento que prevêem a aniquilação da existência do homem na Terra dentro de algumas poucas centenas de anos.
Diz uma dessas linhas filosóficas que as mulheres cada vez mais independentes em todas as áreas, roubariam dos homens o título de provedores do núcleo familiar, tornando desnecessária a existência deles.
(E o que eles pensam disso? De maneira alguma ficam irritados, pois a mulher vem tornando a vida deles cada vez mais isenta de responsabilidades. Sem ter que trabalhar tanto para sustentar mulher e filhos, restaria-lhes mais tempo para tirar algodão do umbigo enquanto assistem a um jogo de futebol.)
Abstraindo a dependência "afetiva" (famoso amor que "fica"...) e o fato de que eles gratuitamente produzem espermatozóides para a perpetuação da espécie, pesquisas apontam que as mulheres já conseguiriam viver sem homens - cientifica e matematicamente falando.
Elas teriam uma excelente vida sem ter de se deparar com respingos de urina ao redor da privada. Aliás, teriam uma privada realmente "privada". Nada de toalha molhada na cama ou pêlos no sabonete. Nunca mais aquele bafão pós-futebol: cerveja em mistura homogênea com lingüiça de quinta... Elas poderiam andar de bobs e pijama pelas avenidas principais de suas cidades, à luz do dia! Mas... Para que arrumar os cabelos e ficar maravilhosa sem ter a quem conquistar? Bem, caso o planeta não se torne uma Ilha de Lesbos até o cumprimento da profecia filosófica, os homens ainda se fariam necessários pelo fato de que eles é que exercitam o maior poder feminino: o da sedução. E dão a elas o gostinho da conquista.
O mundo sem os homens seria um pouco mais higiênico, afirmam algumas analistas deste pensamento. Mas também seria extremamente sem graça... Afinal, elas amam os homens e seus elogios. Nem que elogiem a plena e eterna loucura feminina, como fez Erasmo de Rotterdam. Texto de Pryscila Vieira
# introduzido por Pryscila @ 12:45 PM