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12.11.06

 

Engraçadinhas no Estadão


Neste domingo a Amely foi capa do caderno FEMININO do Estado de São Paulo numa matéria sobre as neuras das mulheres como tema recorrente no humor gráfico. Além da cartunista que vos fala, também foram entrevistados sobre o mesmo assunto Miguel Paiva, Bruno Drummond e Maitena. Clique sobre a imagem acima para ler parte da matéria assinada pela super Ciça Vallerio.

www.amely.com.br pryvieira@yahoo.com.br

"Senhor! dá uma mulher ao homem, porque embora seja a mulher um animal inepto e estúpido, ela saberá temperar com sua loucura e com seu humor a nossa áspera e triste vida. É pela loucura, e unicamente por ela, que a mulher é mais feliz que o homem".

Este é um trecho do livro "Elogio da loucura" de Erasmo de Rotterdam (1466 - 1536) que comprova que somos consideradas loucas há séculos. Mas acho que é desde as queimadas de sutiãs em praça pública que as mulheres ficaram mais perdidas do que sabão em pó no meio da salada de berinjela. Estão completamente deslocadas em relação ao papel atual a ser exercido face tudo que já lhe era imputado. A mulher abraçou os direitos mas não dividiu as obrigações. Resultado: dupla ou tripla jornada de trabalho.
O homem também está perdido, pois sua função provedora perdeu um pouco o sentido diante das mulheres cada vez mais auto-suficientes. Tanto é que já existem vertentes de pensamento que prevêem a aniquilação da existência do homem na Terra dentro de algumas poucas centenas de anos.
Diz uma dessas linhas filosóficas que as mulheres cada vez mais independentes em todas as áreas, roubariam dos homens o título de provedores do núcleo familiar, tornando desnecessária a existência deles.
(E o que eles pensam disso? De maneira alguma ficam irritados, pois a mulher vem tornando a vida deles cada vez mais isenta de responsabilidades. Sem ter que trabalhar tanto para sustentar mulher e filhos, restaria-lhes mais tempo para tirar algodão do umbigo enquanto assistem a um jogo de futebol.)
Abstraindo a dependência "afetiva" (famoso amor que "fica"...) e o fato de que eles gratuitamente produzem espermatozóides para a perpetuação da espécie, pesquisas apontam que as mulheres já conseguiriam viver sem homens - cientifica e matematicamente falando.
Elas teriam uma excelente vida sem ter de se deparar com respingos de urina ao redor da privada. Aliás, teriam uma privada realmente "privada". Nada de toalha molhada na cama ou pêlos no sabonete. Nunca mais aquele bafão pós-futebol: cerveja em mistura homogênea com lingüiça de quinta... Elas poderiam andar de bobs e pijama pelas avenidas principais de suas cidades, à luz do dia! Mas... Para que arrumar os cabelos e ficar maravilhosa sem ter a quem conquistar? Bem, caso o planeta não se torne uma Ilha de Lesbos até o cumprimento da profecia filosófica, os homens ainda se fariam necessários pelo fato de que eles é que exercitam o maior poder feminino: o da sedução. E dão a elas o gostinho da conquista.
O mundo sem os homens seria um pouco mais higiênico, afirmam algumas analistas deste pensamento. Mas também seria extremamente sem graça... Afinal, elas amam os homens e seus elogios. Nem que elogiem a plena e eterna loucura feminina, como fez Erasmo de Rotterdam.
Texto de Pryscila Vieira


Comments:
muito foda esse trampo! Conheci através do Jéferson Portela. Mata a pau mocita!!

Abraço
 
A Amely é uma sacada tão boa que é difícil prever onde isso vai levar. Quer dizer, livro e tiras serão conseqüências naturais, mas puxa, a Amely calhava com desenho animado.

Ei, tem como no futuro fazer uma boneca da Amely em, digamos, tamanho natural? É que eu um colecionador de bonequinhos de ação, e cof, cof, uma bonecona da Amely seria muito hã... instrutivo:-)
 
Huahuahuahuahua!!!!!!!
A Amely vai longe, gente!
Afinal, quem tem boquete vai a Roma!
Quero dizer, quem tem boca vai a Roma...
Ainda ganho a conta com estes trocadalhos do carilho.
Foi maus, Amely.
 
Esse "mulherio" amalucado é a própria encarnação do "tinhoso" na face da terra, como diziam nos áureos tempos do machismo.
Acho que é por isso que são tão tentadoras.

Parabéns Pryscila!
Ops!
Parabéns Amely....


Puts! Agora fiquei confuso...
 
Grande Pryscila! Falaste bem e desenhaste tanto quanto.
Quanto ao episódio dos sutiãs queimados, aquilo foi um acto de radicalismo e não de protesto. E a intenção de um radical não é reverter, mas inverter a injustiça.
A Amely usa sutiã, nem por isso deixa de ter esse gênio feminino e adoravelmente terrível.
 
OLÁ!!No dia que seu texto saiu,meu pai chega em casa dizendu:
-Olha que barbaro o que essa cartunista escreveu!!!
Eu meio desisteressada começei a ler por obrigação.Mais depois percebi que aquele texto era o que estava e esta acontecendo em nossos dia-a-dias!!!
Então estou aqui pra dizer que li seu texto,gostei,e ainda penso que voce tem que fazer muitos outros por que sao interessantes e engraçados!!
 
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